Como implementar um compliance assertivo na empresa

Mulher em um escritório assinando papéis de compliance enquanto segura uma caneta.

Durante ao ano de 2021, empresas que desenvolvem plataformas para compliance recebeu uma média de 9 mil pedidos de realização de dossiês referente à situação legal de empresas no Brasil.

Esse número significa um crescimento de mais de 400% sobre as solicitações feitas no ano anterior. Conforme explica o Jornal do Comércio, um estudo realizado pela legaltech revela o aumento da preocupação dos empresários brasileiros relacionada aos riscos de fazer negócios com organizações que não estejam em conformidade com a legislação.

Para compreender mais sobre este tema, no post de hoje vamos entender o conceito de compliance e ver formas de implementar essa política de maneira mais assertiva dentro das organizações.  

O que é compliance?

O termo Compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que em uma tradução direta significa cumprir, satisfazer, realizar. Porém a tradução mais adequada para esse termo seria Conformidade. Uma definição simples do que é Compliance é defini-lo como um padrão básico de negócios.

Assim, podemos dizer que Compliance é o dever de estar em conformidade com atos, normas e leis. Ou seja, é um sistema de controles internos que permite esclarecer e proporcionar maior segurança, pontua o Portal de Economia do IG.

Desta forma, no ambiente corporativo, compliance está relacionada à conformidade ou até mesmo à integridade corporativa: significa estar alinhado às regras da empresa, que devem ser observadas e cumpridas atentamente. E em quais áreas seriam essas regras? Em diversas, tais como:

  • obrigações trabalhistas;
  • fiscais;
  • regulatórias;
  • concorrenciais;
  • dentre outras.

Assim, Estar em conformidade com tais normas e regras é do que se trata a expressão “estar em compliance”.

Como implantar um compliance assertivo na empresa?

Obviamente que não é simples implementar toda esta cultura e governança em uma organização. O guia da CGU Programa de Integridade : Diretrizes para Empresas Privadas traz os principais pilares para um programa bem estruturado:

  • Comprometimento e apoio da alta direção (tone from the top): O apoio da alta direção da empresa é condição indispensável e permanente para o fomento a uma cultura ética e de respeito às leis e para a aplicação efetiva do compliance.
  • Instância responsável pelo programa Compliance: Qualquer que seja a instância responsável, ela deve ser dotada de autonomia, independência, imparcialidade, recursos materiais, humanos e financeiros.
  • Análise e perfil de Riscos: A organização deve conhecer seus processos e sua estrutura organizacional, identificar sua área de atuação e principais parceiros de negócio, seu nível de interação com o setor público – nacional ou estrangeiro – e, consequentemente, avaliar os riscos para o cometimento dos atos lesivos.
  • Estruturação das regras e instrumentos: Com base no conhecimento do perfil e riscos da empresa, deve-se elaborar ou atualizar o código de ética ou de conduta e as regras, políticas e procedimentos de prevenção de irregularidades; desenvolver mecanismos de detecção ou reportes de irregularidades (alertas ou red flags; canais de denúncia; mecanismos de proteção ao denunciante); definir medidas disciplinares para casos de violação e medidas de remediação.
  • Estratégias e monitoramento e melhoria contínua: É necessário definir procedimentos de verificação para garantir o aperfeiçoamento contínuo do programa de compliance.

Gostou de saber como criar e desenvolver mais uma cultura de Compliance dentro da sua organização? Se você quiser continuar se informando mais sobre estes e outros temas, acompanhe nossa plataforma Respeite.me.